O concelho de Cabeceiras de Basto, com incidência de 531 casos por 100 mil habitantes, corre o risco de voltar a confinar, uma vez que a incidência de casos neste concelho está (muito) acima do limite imposto pelo Governo (120 casos por 100 mil habitantes). É, inclusive, um dos dois concelhos do país em pior situação, a par de Odemira (562), que já foi obrigado a recuar  no desconfinamento.

O concelho de Cabeceiras de Basto, com incidência de 531 casos por 100 mil habitantes, corre o risco de voltar a confinar, uma vez que a incidência de casos neste concelho está (muito) acima do limite imposto pelo Governo (120 casos por 100 mil habitantes). É, inclusive, um dos dois concelhos do país em pior situação, a par de Odemira (562), que já foi obrigado a recuar  no desconfinamento

Já os concelhos de Melgaço, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Celorico de Basto e Ponte da Barca correm o risco de recuar no plano de desconfinamento, por estarem em risco elevado, também acima do limite de incidência. Ponte de Lima está no limite para também poder recuar.

O primeiro-ministro António Costa revelou ontem que esta análise passa a ser semanal, ‘apertando’ ainda mais as hipóteses de algum destes concelhos poder integrar a lista dos concelho que não avançam no desconfinamento, ou até naqueles que voltam a ficar confinados e com cercas sanitárias.

Cabeceiras de Basto é o concelho em pior situação, com um registo de 531 novos casos por 100 mil habitantes, uma subida de quase duas centenas, encontrando-se na segunda escala de maior risco numa tabela de seis aplicada pelo Governo. Por outro lado, Famalicão saiu da zona de risco, após descida significativa.

De resto, os casos desceram ligeiramente em concelhos como Barcelos e Braga, e acentuadamente em Esposende, onde a incidência caiu para metade. O concelho de Terras de Bouro mantém-se em zero e as maiores subidas aconteceram em Fafe e Póvoa de Lanhoso.

Segundo o boletim epidemiológico da DGS emitido esta sexta-feira, referente ao período entre 14 e 27 de abril, a maioria dos concelho do Minho registou subidas.

As taxas são as seguintes: Braga (59 por 100 mil habitantes), Guimarães (68), Barcelos (70), Famalicão (110), Vila Verde (49), Amares (39), Póvoa de Lanhoso (144), Vieira do Minho (17), Fafe (206), Esposende (47), Vizela (25), Celorico de Basto (126), Terras de Bouro (0) e Cabeceiras de Basto (531).

No Alto Minho, destaque para o concelho de Cerveira, que está agora a zero. Paredes de Coura, que esteve duas semanas nessa condição, viu a incidência subir esta semana. Em Ponte de Lima, Arcos de Valdevez e em Ponte da Barca a incidência ‘disparou’. Viana, Caminha e Valença registaram descidas.

Assim, no distrito de Viana registam-se as seguintes taxas de incidência por 100 mil habitantes: Viana do Castelo (82), Cerveira (0), Caminha (19), Ponte da Barca (125), Monção (62), Arcos de Valdevez (76), Melgaço (136), Paredes de Coura (35), Ponte de Lima (116) e Valença (23).

(Rt) e incidência descem em Portugal

Segundo a nota metodológica do boletim epidemiológico, a incidência cumulativa a 14 dias de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada, por concelho, a 31 de dezembro de 2019, pelo Instituto Nacional de Estatística, IP, expressa em número de casos por 100.000 habitantes.

O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-Cov-2 em Portugal desceu hoje para 0,98 assim como a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias que é agora de 66,9 segundo dados hoje divulgados.

Os números anteriores destes indicadores, divulgados na quarta-feira, indicavam um Rt de 1 e uma incidência de 69,3 casos por 100.000 habitantes.

No boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado hoje, os números relativos apenas a Portugal continental revelam que o Rt também desceu de 1 para 0,98 sendo também registada uma descida de 66,5 para 64,3 em relação ao valor médio de novos casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.

Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação continua que está a ser feita do processo de desconfinamento que se iniciou a 15 de março.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.168.333 mortos no mundo, resultantes de mais de 150,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.493 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

ominho.pt